Minha primeira BGS como jornalista PCD: um balanço sobre acessibilidade

Hoje venho compartilhar com vocês uma experiência muito especial: minha primeira BGS como jornalista PCD! E posso dizer que saí da feira com um misto de esperança e orgulho da nossa comunidade gamer.

Como muitos sabem, a BGS 2025 mudou para o Distrito Anhembi, e essa mudança já representa um grande avanço. O espaço é realmente amplo, com corredores largos e piso regular – o que facilita muito a locomoção para todos, principalmente aqueles que possuem mobilidade reduzida. As rampas de acesso estão presentes, os banheiros são adaptados e há uma preocupação visível com a circulação.

O DESTAQUE POSITIVO: O ESTANDE DA ARCOR

Dentre todos os estandes que visitei, o da Arcor foi o que apresentou a estrutura mais bem preparada para receber visitantes PCD. Como pessoa com deficiência que vivencia na prática as barreiras de acesso, pude notar uma diferença significativa na execução das medidas de acessibilidade no local.

Algumas iniciativas que observei e que fizeram a diferença:

Intérprete de Libras nas filas preferenciais: Enquanto aguardava na fila, notei a presença de uma intérprete realizando a comunicação com pessoas surdas, assegurando que estas tivessem acesso a todas as informações.

Adequação de espaços: Presenciei a equipe medindo as entradas e ajustando as portas para garantir a passagem de cadeiras de rodas. Soube que, após o primeiro dia de evento, o time percebeu que alguns modelos de cadeira não passavam e prontamente fez os reparos necessários.

Acesso integrado para acompanhantes: Em todas as atrações, o estande permitia que pessoas PCD entrassem com seus acompanhantes, que podiam viver a experiência completa juntos. Essa prática, que deveria ser padrão, foi aplicada de forma natural aqui, evitando a segregação e valorizando a experiência compartilhada.

Circulação fluida: O espaço entre os displays foi planejado para permitir que todas as pessoas, incluindo cadeirantes, conseguissem circular com tranquilidade, sem congestionamentos.

O mais notável foi que todas essas adaptações foram implementadas de forma integrada ao funcionamento do estande, demonstrando um olhar atento para os imprevistos e uma preocupação em incluir todos os visitantes no mesmo nível de experiência.

E A ESTRUTURA GERAL DO EVENTO?

O Distrito Anhembi oferece uma base sólida de acessibilidade:

  • Área plana sem desníveis inesperados
  • Banheiros adaptados em quantidade suficiente
  • Corredores largos que permitem a circulação mesmo com o evento lotado
  • Sinalização clara das áreas acessíveis

Claro, ainda há espaço para melhorias – observei alguns estandes com mesas muito altas e outras ativações com degraus não sinalizados. No entanto, ver iniciativas bem executadas, como a da Arcor, mostra um caminho positivo.

Acessibilidade é um direito, e quando aplicada de forma prática e eficiente, cria experiências que incluem todo mundo. A comunidade gamer com deficiência existe, é apaixonada e merece participar desses eventos com dignidade e autonomia.

E você, foi na BGS?
Como foi sua experiência com acessibilidade? Teve alguma dificuldade ou encontrou algum estande que se destacou na inclusão? Conta aqui nos comentários – sua opinião é importante para construirmos eventos cada vez melhores!


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