The Elder Scrolls IV: Oblivion Remastered é lançado oficialmente, o que esse lançamento repentino significa para o futuro da série?

Em um movimento inesperado que pegou a comunidade de surpresa, a Bethesda anunciou e lançou oficialmente The Elder Scrolls IV: Oblivion Remastered, uma reimaginação do clássico RPG lançado originalmente em 2006. A nova versão chega com melhorias visuais substanciais, mecânicas atualizadas e um compromisso claro de revitalizar uma das entradas mais queridas da franquia.
O título já está disponível para PlayStation 5, Xbox Series XS e PC, e também faz parte do catálogo do Xbox Game Pass. Com o lançamento, diversas questões surgem: por que agora? Como isso afeta o desenvolvimento de The Elder Scrolls VI? E onde Skyrim se encaixa nesse novo panorama?

O anúncio de Oblivion Remastered vem após anos de especulação. A franquia The Elder Scrolls, apesar de seu sucesso duradouro, vinha enfrentando críticas por sua demora em avançar. Desde o lançamento de Skyrim em 2011, os fãs esperavam ansiosamente por uma nova entrada principal. Embora TES VI tenha sido confirmado na E3 de 2018 com um breve teaser, o desenvolvimento permaneceu envolto em silêncio e mistério.
Segundo fontes próximas à Bethesda, o remaster de Oblivion surgiu como uma iniciativa dupla: de um lado, como resposta à nostalgia crescente dos jogadores e, de outro, como uma maneira de testar novas tecnologias de desenvolvimento — mais especificamente, a Unreal Engine 5. A escolha de Oblivion, em vez de Morrowind ou outro título, se deve ao equilíbrio que o jogo oferece entre acessibilidade moderna e charme retrô.

O que há de novo na versão remasterizada:
Embora comercializado como um “remaster”, Oblivion Remastered é, de fato, um remake completo. A Bethesda reconstruiu o jogo do zero utilizando a Unreal Engine 5, o que permitiu uma transformação visual radical sem perder a essência do título original.
Entre os principais destaques estão:
Visual e tecnologia
- Gráficos totalmente refeitos, com suporte a ray tracing, texturas em alta definição e um sistema de iluminação global dinâmico.
- Ambientes mais densos, florestas com vegetação volumétrica e cidades que parecem verdadeiramente vivas.
- Personagens com animações modernizadas e expressões faciais mais realistas, eliminando o famoso “efeito boneco de cera” do original.
Jogabilidade
- Sistema de combate retrabalhado, inspirado nas mecânicas de Skyrim, mas com a velocidade e o impacto físico que muitos fãs pediam.
- Interface redesenhada, com menus mais intuitivos e suporte total a controles modernos.
- Mecânicas como corrida, esquiva e furtividade foram modernizadas para oferecer uma experiência mais fluida.
Conteúdo
- Todas as DLCs originais, incluindo Knights of the Nine e Shivering Isles, estão integradas ao jogo base.
- Algumas quests foram expandidas, e NPCs receberam diálogos adicionais para aprofundar a lore.
- O sistema de level-scaling — amplamente criticado no jogo original — foi reequilibrado para tornar o progresso mais recompensador.
Áudio
- Trilha sonora remasterizada com novos arranjos orquestrais.
- Dublagens regravadas para maior variedade de vozes entre raças e gêneros, resolvendo um dos principais problemas da versão de 2006.
E Skyrim? E The Elder Scrolls VI?

A nova versão de Oblivion inevitavelmente lança luz sobre o futuro da franquia, especialmente considerando a longa espera por The Elder Scrolls VI.
A Bethesda afirmou em entrevistas recentes que o desenvolvimento do próximo jogo principal segue em andamento, mas ainda está em estágio intermediário. O foco, segundo a empresa, é entregar um título com escopo sem precedentes, impulsionado por tecnologia de nova geração — e o trabalho realizado em Oblivion Remastered teria servido como laboratório para testar essas novas ferramentas.
Em relação a Skyrim, o título continua disponível em sua versão Anniversary Edition, mas a Bethesda já sinalizou que não pretende revisitar o jogo com um remaster completo, pelo menos no curto prazo. Segundo executivos da empresa, Skyrim “ainda está muito vivo” graças à comunidade de mods e à sua longevidade orgânica, não havendo necessidade urgente de uma reedição oficial.
O lançamento de Oblivion Remastered marca o início de uma nova fase para The Elder Scrolls. Mais do que um simples projeto de nostalgia, o jogo representa uma retomada estratégica da Bethesda em relação à sua franquia mais importante. Ele serve como ponte entre o passado e o futuro, resgatando elementos clássicos enquanto prepara terreno para a próxima geração.
Os fãs agora aguardam com expectativa não apenas o próximo título, mas também possíveis novas remasterizações. Com Morrowind completando 25 anos em 2027, muitos já especulam que esse pode ser o próximo da lista.
Seja como for, Oblivion Remastered entrega exatamente o que promete: uma nova chance de explorar Cyrodiil com olhos modernos, sem perder o encanto que definiu uma geração de RPGs.

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