Jogos de US$ 80 são um ‘roubo’? Ex-executivo da PlayStation explica por que o preço pode valer a pena

Jogos de US$ 80 são um “roubo” em termos de valor? Ex-executivo da PlayStation defende preço alto
Em meio ao debate acalorado sobre o aumento dos preços dos jogos, o ex-executivo da PlayStation, Shuhei Yoshida, surpreendeu ao afirmar que títulos de US70ouUS70ouUS 80 podem ser considerados um “verdadeiro roubo” em termos de custo-benefício. Em entrevista exclusiva ao canal Critical Hits Games, Yoshida questionou as críticas aos valores atuais, destacando que, para jogos de alta qualidade, o preço é justificável pela experiência oferecida.
“As pessoas não deveriam reclamar se escolherem com cuidado”, diz Yoshida
Segundo o ex-líder da PlayStation, o aumento nos preços dos jogos era inevitável e até tardio. “Muitos produtos do dia a dia já subiram de valor nas últimas décadas. Os jogos demoraram a se ajustar à inflação”, explicou Yoshida, em declarações reproduzidas pelo GamesRadar (leia mais).
Para contextualizar, nos anos 90, jogos novos custavam cerca de U$60, valor que, ajustado pela inflção , equivaleria a aproximadamente U$80, hoje — preço que já está sendo adotado por gigantes como Nintendo e Xbox em 2024. A Sony também sinalizou que pode seguir o mesmo caminho (confirma o Gamespot).
Preços variáveis são a chave, afirma ex-executivo
Yoshida ressaltou que não todos os jogos terão aumento de preço. A estratégia de precificação variável, comum desde os primórdios da indústria, continuará a ser usada. Como exemplo, ele citou o caso da 2K Games, que está cobrando US$ 50 por Mafia: The Old Country para alcançar um público mais amplo.
“Cada jogo tem um valor único“, explicou. “As empresas avaliam o que estão entregando e definem o preço com base nisso. Um título incrível por US$ 80 pode ser um roubo em termos de horas de diversão e qualidade, comparado a outras formas de entretenimento, como cinema ou streaming.”
Nintendo e Xbox já adotam preços premium; EA resiste
A Nintendo defendeu publicamente o preço de US$ 80 de Mario Kart World, alegando que o jogo oferece conteúdo suficiente para justificar o valor. Por enquanto, é o único título confirmado nessa faixa pela empresa, mas a Microsoft já anunciou que seguirá o exemplo com alguns lançamentos do Xbox ainda em 2024.
Já a Electronic Arts (EA) adotou uma postura contrária, afirmando que não cobrará US$ 80 por novos jogos — pelo menos por enquanto.
Dados mostram que jogadores estão dispostos a pagar mais
Apesar das polêmicas, pesquisas indicam que os consumidores estão abertos a gastar mais por experiências premium. Yoshida reforçou: “Se as pessoas escolherem com cuidado onde investir, não vejo motivo para reclamações. Um jogo excepcional vale cada centavo.”
Descubra mais sobre Portal VagaNerd
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.